ELDORADO: morte de criança pode ter sido negligência médica

Texto: Salém Campos / Foto: cedida pela família.


Tablóide Pará

Após sofrer humilhação com o filho morto na barriga, Edileusa Pereira da Silva, de 37 anos de idade, acusa negligência do Hospital Municipal de Eldorado do Carajás (HMEC). Desempregada a vítima se recupera da cesariana deitada em sua cama sem a assistencial do governo municipal.

Segundo Edileusa, sofreu todo tipo de constrangimento no momento em que mais precisou, a jovem que seria mãe do 3º filho não teve o atendimento necessário, o descaso contraria o que o governo pregava em campanha, a atual gestão ganhou as eleições prometendo construir uma ala especial para as mulheres, mas o que aconteceu foi o contrário, desprezo e falta de respeito é o que reina contra elas.

A vítima mais recente foi a senhora Edileusa que teve a coragem de denunciar o acontecido, com o BEBÊ morto na barriga, ela relata negligência no atendimento, em seu relato disse a nossa reportagem que estava grávida já com 10 meses e na ultrassonografia dizia que estaria com 36 semanas. No momento em que sentiu-se mal procurou o postinho de saúde do centro comunitário na sexta-feira 1º, a tendente mediu sua pressão arterial e disse que estava tudo bem, mas ela relata que estava sentindo mal, momento em que a atendente levou o caso para o médico, o qual ela não soube dizer o nome do médico, portanto, o médico mandou ela voltar para sua casa dizendo que era tudo normal.

Na madrugada do sábado (2), deste mês outubro, continuou sentindo muita dor, então procurou ajuda do hospital municipal onde chegou as 02 horas da manhã, mas somente foi atendidas as 08 horas, ainda segundo ela, não sabe o motivo de tanta demora no atendimento, depois de sofrer muito com as fortes dores foi atendida e informada pelos profissionais da saúde de que não estavam encontrando os batimentos do filho, e que teria que aguardar a chegada de um médico para realizar os exames de ultrassonografia e com isso saber o que aconteceu.

O exame foi realizado por volta das 9 horas do mesmo dia, quando recebeu a triste notícia de que seu filho estava sem vida na barriga, ela perguntou o motivo da morte do seu filho, mas o médico não soube informar e pediu que pegasse o exame e entregasse para o outro médico que o atendeu a primeira vez, desesperada, a mãe foi em buscas de respostas, momento em que entregou os exames ao médico então ele disse que ela teria que pegar uma van de passageiros para a cidade de Parauapebas com urgência.

Nesse momento, a mãe disse que não teria condições de procurar uma van, pois sentia muita dor, e então, os profissionais disseram para a mulher: “Você tem que pegar a van logo, nós não temos condições de te levar e tem que ser agora, pois seu estado é muito grave”. A gestante continuou seu relato dizendo que depois que uma mulher, que ela acredita ser uma assistente social, vendo todo o seu desespero, se solidarizou com o caso e mandou uma ambulância leva-la até o Hospital Geral de Parauapebas.

Chegando no HGP, os atendentes procuraram quem tinha lhe trazido, a mulher disse que foi uma enfermeira de Eldorado, a atendente do HGP procurou a tal enfermeira, mas não a encontrou, pois a mesma já tinha ido embora e deixado a paciente jogada a mercê da própria sorte, assunto que foi questionado pelos profissionais do HGP, onde foi feito uma intervenção cirúrgica (parto cesáreo) para a retirada do BEBÊ morto na barriga da mãe.

Procurado pela nossa reportagem, o secretário de Saúde Sr. Aldeny, disse que não tinha ciência do assunto e encaminhou-a para o hospital, onde fomos atendidos pela diretora Sra. Jániny Soares Távora, que, segundo ela, todos os procedimento foram tomados, a nossa investigação descobriu que a mulher grávida pensava que poderia ser uma assistente social na verdade se tratava da diretora do hospital que apesar de seu profissionalismo e comprometimento com o trabalho a lhe confiado melhorou de forma significativa os atendimentos hospitalares, com todo o esforço da diretora Janiny, ainda está longe de alcançar o que foi prometido em palanque pela prefeita Iara Braga Miranda (PSD).

Do que adianta pintar prédios e camisetas de rosa e não ter o mínimo de respeito com as mulheres. Do que adianta pintar a cidade de rosa em alusão ao câncer de mama e elas não conseguir se quer um exame de mamografia. Vítimas que tiveram seus destinos alterados da realidade, influenciados por promessas de campanhas que jamais serão cumpridas, certamente a gestão representada provavelmente, nunca passou por privações de ordem física ou ideológica por isso não é capaz de ver o sofrimento do seu próximo.

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